Segundo Silva,T. (1998). Teorias do currículo. Porto Editora. (pp 9-16)
Currículo é o que se ensina. A questão central é saber o que se deve ensinar, de que forma transmitir e que tipo de pessoa se pretende no final. É, assim, importante responder às perguntas: O quê? A quem? Como?
A organização e desenvolvimento do currículo deve responder a 4 questões básicas: 1. Que objectivos educacionais? 2. Que experiências devem ser oferecidas para os realizar? 3. Como organizar essas experiências educacionais? 4. Como verificar se os objectivos estão a ser alcançados?
Tanto os modelos mais tecnocráticos, como os de Bobbitt e Tyler, quanto os modelos mais progressistas, como o de Dewey, que emergiram no início do século XX, nos Estados Unidos, constituíram uma reacção ao currículo clássico, humanista.
A problemática central da análise marxista da educação e da escola consiste como mostra o exemplo de Althusser, em procurar estabelecer qual é a ligação entre a escola e a economia, entre a educação e a produção.
Em Bourdieu e Passeron, o currículo da escola está baseado na cultura dominante, sendo um mecanismo de exclusão para as crianças das classes dominadas.
Bourdieu e Passeron propõem, assim, através do conceito de pedagogia racional, uma pedagogia e um currículo que reproduzam na escola, para as crianças das classes dominadas, as condições que apenas as crianças das classes dominantes têm na família.
A questão do poder é fulcral nas teorias do currículo e distingue as teorias tradicionais das teorias críticas e pós-críticas do mesmo. As teorias tradicionais procuram responder à questão: Como? Qual a melhor forma de transmitir o conhecimento? As teorias críticas e pós-críticas têm como questão central: porquê? Porquê esse conhecimento e não outro? Assim sendo, as teorias críticas e pós-críticas de currículo estão preocupadas com as conexões entre saber, identidade e poder.
Na minha opinião, o currículo deve englobar a totalidade das crianças, quer sejam da classe dominante ou dominada e deve responder às necessidades actuais da sociedade em que vivemos. Deve ter em atenção, o que ensinar? Como? e quando? Defendo que o currículo não pode ser separado do ensino e da avaliação.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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