quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Que implicações têm na educação as formas de comunicação e colaboração on-line?

Vivemos na geração de olhos postos no YouTube e Google e daí ser necessário reflectir sobre as novas estratégias de ensino-aprendizagem.

YouTube, Podcasting, Blogs, Wikis, RSS são palavras sonantes e representam um novo paradigma na utilização de novas ferramentas informáticas na educação.

Não basta usar tecnologia no ensino on-line para transmitir conhecimentos aos estudantes. Novas estratégias podem ser criadas e um grande número de actividades, possibilitando um ensino mais criativo e enriquecedor para os alunos dos diferentes graus de ensino.

Hoje em dia, os alunos da geração Net vivem mergulhados num mar de tecnologia do qual não podem abstrair: Telemóveis, camâras digitais, computadores portáteis, Internet interferem no modo como eles comunicam, estudam e interagem socialmente. Estes estudantes têm o seu blogue, jogam jogos de computador a 3 dimensões, fazem os seus próprios vídeos e editam em www.youtube.com, compilam diversos materiais para o seu portefólio digital. Absorvem informação de diversas fontes de forma síncrona e assíncrona. No artigo ‘Growing Up Digital: How the Web Changes Work, Education and the Ways People Learn’, John Seely Brown (2002) usa a metáfora ‘Learning Ecology’ para descrever este novo ambiente de aprendizagem, resultante do aparecimento de novas tecnologias.

Dentro do mundo da Web 2.0 (termo criado por O’ Reilly, em 2003), os estudantes (entre 12 e 17 anos), frequentemente, denominados por ‘digital natives’ produzem mais de 50% de conteúdo para a Internet. Eles estão envolvidos em actividades, tais como: criar um blogue, trabalhar numa página pessoal ou de escola, partilhar vídeos, fotografias, pequenas histórias ou relatos de férias. Ensino centrado no aluno, de um modo implícito ou explícito. Passámos de uma World Wide Web só de leitura para uma Web de leitura e escrita, uma plataforma interactiva, enriquecedora do ponto de vista das relações sociais. Evoluimos de uma Web estática (Web 1.0) para uma Web dinâmica de colaboração e participação (Web 2.0).

Falemos, agora, um pouco da Web semântica (Web 3.0), termo criado por Tim Berners-Lee. A ‘education semantic web’ baseia-se em três princípios: a capacidade de armazenar e organizar informação para uma consulta fácil, a capacidade dos não-humanos poderem vir a aprender e interagir como os humanos e o aumento da capacidade de comunicação da Web. A capacidade da Web semântica acrescentar significado à informação, proporciona grandes oportunidades à educação. Um elemento inovador desta Web 3.0 são os agentes (Teacher and Student Agents) que têm como finalidade aliviar o trabalho árduo de ensinar do professor e o de aprender dos alunos. Há a necessidade de classificar (‘tagging’) a vasta informação existente na Web.
Termino com a pergunta – Será que a Web semântica irá mudar a Educação?

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